Iapen disse que abriu um processo administrativo para investigar o caso.
Vítima foi encontrada no sábado (16), durante uma vistoria de rotina.
Detento foi queimado com água quente dentro de cela no presídio da capital (Foto: Arquivo Pessoal)
Após ter sido queimado com água quente dentro de uma cela no pavilhão J do Presídio Estadual Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco, o detento vítima da agressão decidiu não prestar queixa contra nenhum dos outros presos que estavam no local no momento do incidente. A informação foi confirmada ao G1pelo diretor do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), Martin Hessel, nesta segunda-feira (18). O caso ocorreu no último sábado (16), quando a vítima foi encontrada por agentes penitenciários da unidade, após uma vistoria de rotina.
De acordo com o Hessel, os agressores já foram identificados. O diretor do Iapen acrescentou que o detento não vai retornar para a mesma cela. Além disso, a unidade abriu um processo administrativo para investigar o caso.
Hessel disse ainda que as investigações ainda são preliminares, mas o objetivo é descobrir como os detentos tiveram acesso ao material usado para esquentar a água, além de definir quais medidas serão tomadas para manter a boa convivência entre os presidiários.
“Os agressores foram identificados e vamos, através de um processo administrativo, saber como eles fizeram para esquentar essa água. Temos um prazo de 30 dias para concluir esse processo, pois ele é diferente de um processo criminal. É diferente porque a vítima não quis fazer uma representação contra os agressores, mas precisamos resguardar a integridade física do detento e, por isso, ele não irá voltar à mesma cela”, explicou.
Ainda segundo o diretor, os detentos têm acesso a água e alguns copos na cela, mas ainda não se sabe realmente se esse foi o material usado e como a água foi fervida. Ele disse também que ainda não é possível afirmar o que teria motivado a agressão.
“Eles têm água, copos, uma espécie de kit com materiais que podem portar. Temos que realmente verificar como fizeram esse processo, mas apenas a investigação pode dizer. Quanto ao motivo, dependemos muito da vítima para que ela possa dizer se existe uma razão para essa agressão. Todas as partes serão ouvidas, mas somente a juíza da Vara de Execuções Penais vai poder dizer se haverá uma regressão de pena”, finalizou.
Ainda segundo o Iapen, o estado de saúde do detento é estável. Ele foi encaminhado de volta ao presídio, ainda no sábado (16), e está internado unidade de saúde do local.
Entenda o caso
Um detento foi encontrado com queimaduras feitas com água quente, no pavilhão J do Presídio Estadual Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco. O caso ocorreu no último sábado (16). De acordo com o Iapen, a vítima foi localizada durante uma vistoria de rotina.
O presidiário ferido foi encaminhado para o Hospital de Urgência e Emergência (Huerb), onde recebeu atendimento e foi liberado. Ainda no sábado, o interno voltou para a unidade, onde continua recebendo tratamento no posto médico do presídio. Ainda segundo o Iapen, o órgão abriu um processo administrativo, para investigar o acesso dos presidiários que estavam dentro da cela ao material para esquentar a água.
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