sexta-feira, 17 de abril de 2015

Governo propõe salário mínimo de R$ 854 em 2016


O governo definiu salário mínimo de R$ 854, a partir de 2016, no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) encaminhado nesta quarta-feira (15) ao Congresso. Assim, uma vez aprovada a matéria, que servirá de base para a elaboração do orçamento da União para o próximo ano, trabalhadores que recebem o piso salarial terão aumento de 8,37%, a partir de 1º de janeiro, em relação ao valor atual (R$ 788).

Além desse aumento para 2016, o governo registrou na LDO a estimativa de reajuste para 2017 e 2018, quando o mínimo valeria R$ 900 e R$ 961, respectivamente. Mas tais valores podem sofrer alterações significativas devido ao atual modelo de reajuste, que leva em conta o crescimento econômico e os índices inflacionários. Em 2014, o Produto Interno Bruto (PIB, resultado anual da produção brasileira) teve crescimento 

Governadores do Rio e do Acre negam participação em desvios


Os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do Acre, Tião Viana (PT), negaram esta semana ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) as acusações de que teriam se beneficiado do esquema de corrupção da Petrobras.

O Ministério Público Federal pediu abertura de inquérito sobre eles em março.

Em depoimento, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que trabalhou para o "caixa dois" da campanha do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) ao governo do Rio em 2010. Pezão era candidato a vice na chapa.

"Nunca presenciei qualquer reunião em que o ex-governador Sérgio Cabral tenha pedido qualquer ajuda de campanha", disse Pezão.

O governador argumenta ainda que a acusação não faz sentido, já que, em 2010, ele e Cabral brigavam com a Petrobras pela ameaça de mudança no modelo de partilha dos royalties do petróleo, o que prejudicaria o Estado.

Sobre Tião Viana, Costa disse que ele recebeu R$ 300 mil em 2010, quando disputou o governo do Acre, por intermédio do doleiro Alberto Youssef.

Viana diz não ter autorizado ninguém a pedir doação para sua campanha. "Principalmente aos senhores Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef", afirma.

Segundo sua defesa, se a contribuição foi resultado de propina, Viana "ignora, mas sempre repudiou condutas dessa espécie".

Cardozo minimiza embate entre PF e MPF na Lava Jato


 O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, minimizou nesta tarde o embate entre Polícia Federal e Procuradoria-Geral da República na condução das investigações de políticos na Lava Jato que gerou a suspensão dos depoimentos no caso nesta semana. Para o ministro, o que ocorre neste momento é mero "ajuste de atribuições".

"Acho injusto com a PF, injusto com o Ministério Público Federal, que se diga que de alguma forma estão atrapalhando as investigações. Ao contrário, estão agindo de forma harmônica, de uma maneira eficiente", afirmou Cardozo.

Na quarta-feira, 15, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu pedido da PGR para suspender depoimentos marcados para esta semana. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia pedido à PF que paralisasse as diligências, mas foi preciso recorrer ao Judiciário para que a solicitação fosse atendida.

Segundo Cardozo, os ajustes que ocorrem neste momento são sobre "quem faz o que, atribuições". É coisa operacional, não tem nenhum problema", afirmou. O ministro disse ter falado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e com a cúpula da Polícia Federal ontem e hoje a respeito desta questão. "O que nesse momento se faz é apenas um ajuste necessário para que as investigações continuem a prosseguir com a mesma profundidade que vem sendo realizada com relação a todos os investigados", afirmou o ministro.

Diárias

Cardozo disse ter ficado sabendo apenas hoje sobre atraso no pagamento de diárias a agentes que trabalham na investigação da Lava Jato. Ele disse ter solicitado informações à PF para saber as razões da demora e disse que o atraso será corrigido.

Márcio Macedo é o novo tesoureiro do PT



O ex-deputado Márcio Macedo, escolhido o novo tesoureiro do PT
Ana Fernandes e José Roberto Castro, do Estadão Conteúdo
São Paulo - O ex-deputado Márcio Macedo (PT-SE) é o novo tesoureiro do PT, no lugar do ex-tesoureiro João Vaccari Neto.

O nome de Macedo foi referendado pelo diretório nacional, após outros membros do partido terem recusado o posto - casos, por exemplo, da deputada Érika Kokai (DF), indicada pelo vice-presidente nacional da legenda e líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), e do vice-presidente nacional da sigla Alberto Cantalice.

O ex-deputado do PT de Sergipe foi secretário de Meio Ambiente do governo Marcelo Déda (PT) e era ligado ao ex-governador, que morreu em 2013.

PT não irá mais receber doações empresariais


Rui Falcão, presidente do PT: a decisão é um "gesto" do partido para lutar pela mudança na lei de doações, segundo Falcão
A direção nacional do PT decidiu que os diretórios nacional, estaduais e municipais do partido "não mais receberão" doações empresariais, afirmou nesta sexta-feira o presidente do PT, Rui Falcão.

Segundo disse a jornalistas, a decisão é um "gesto" do partido para lutar pela mudança na lei de doações.

Conselhos de Saúde definem datas para conferências Municipais de Saúde


Conferências municipais serão realizadas em todos os municípios do Acre.


Conselheiros estaduais e municipais de saúde reuniram-se na tarde desta quinta-feira, 16, no auditório da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para definir as datas de realização das Conferências Municipais de Saúde.

A reunião também contou com a presença do secretário de Estado de Saúde, Armando Melo, secretários municipais de Saúde e prefeitos.

O secretário Armando Melo garantiu o apoio técnico necessário para a realização das conferências. “As conferências municipais são instrumentos de formulação de diretrizes para a construção de políticas públicas de saúde que deverão compor o plano municipal de saúde e o plano plurianual.

A Sesacre vai fornecer o apoio técnico necessário ao Conselho Estadual de Saúde, para que as conferências sejam conduzidas da melhor maneira”, garantiu Melo.

De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Elenilson Andrade, as conferências municipais devem ser realizados durante os meses de junho e julho.

“As conferências municipais e estaduais de saúde são etapas preparatórias para a 15ª Conferência Nacional de Saúde, prevista para dezembro deste ano”, disse.

“Estamos nos mobilizando para marcar reuniões com a comunidade e ouvir quais são as reivindicações e os anseios da nossa população para podermos levantar essa discussão durante a conferência municipal”, declarou a conselheira de Porto Acre, Maria de Fátima Marques.

BR-364 no Acre apresenta atoleiro e viagens pela rodovia demoram até um dia e meio


A BR-364 sentido Rio Branco/Cruzeiro do Sul ficou interditada na noite da última quarta e a madrugada inteira desta quinta-feira por causa de um atoleiro entre Sena Madureira e Manuel Urbano, a 02 km da ponte do rio Purus. Um ônibus tentou passar pelo trecho e acabou ficando atolado no meio da pista, que só foi liberada às 8h da manhã de ontem depois que uma máquina do Deracre fez um trabalho de recapeamento com barro no local. A interdição no local gerou uma grande fila de carros e caminhões. O motorista de ônibus Raimundo Nonato Viana, que trabalha na linha entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, conta que os buracos na estrada tem causado enormes prejuízos às empresas. “Todos os dias nessa ida e vinda quebra um parachoque, dá problema no radiador. Ontem mesmo foi um dia desses. Eu tive que deixar o carro em Sena quebrado”, diz.


O motorista informa que por causa das condições da rodovia, os ônibus estão demorando até um dia e meio na rota Cruzeiro/Rio Branco. “Teve gente que saiu de lá na terça e chegou ontem (quarta-feira) e outras que sairam ontem e ainda nem chegou”, conta o motorista. Donos de empresas de ônibus temem pela interdição total da estrada novamente. Outros reclamam dos prejuízos diários provocados pelos burados e atoleiros. O trabalho paliativo feito pelo Deracre em alguns trechos não suporta uma chuva, diz um dono de empresa. O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é o órgão responsvel pela BR-364. O governador Sebastião Viana infomou no final de março que um trabalho de recuperação da rodovia em trechos críticos deve ser iniciado em breve. O governo gastou nos últimos anos mais de R$ 1,5 bilhão na construção da rodovia que até hoje não ficou pronta.

Disputa entre procuradoria e PF trava parte da Lava Jato


A disputa por protagonismo entre policiais federais e procuradores da República na Operação Lava Jato paralisou indefinidamente parte das investigações relativa às suspeitas de envolvimento de políticos no esquema de corrupção na Petrobras.

A divergência levou o Supremo Tribunal Federal a determinar, a pedido do Ministério Público Federal, a suspensão de diligências a serem cumpridas em inquéritos que abrangem, entre outros, os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL), ambos do PMDB, o que deve atrasar as investigações envolvendo políticos.

Os desentendimentos entre policiais e procuradores surgiram desde a abertura dos inquéritos a partir de autorização do Supremo, em março.

A queda de braço se intensificou nesta semana. Isso porque procuradores telefonaram para parlamentares informando que os investigados não precisariam, necessariamente, depor na sede da Polícia Federal em Brasília. Poderiam optar por realizar a oitiva, por exemplo, na sede da Procuradoria-Geral da República.

A iniciativa de procurar diretamente os investigados incomodou integrantes da PF, o que levou a uma troca de telefonemas entre o diretor-geral do órgão, Leandro Daiello, e o procurador-geral Rodrigo Janot.

O primeiro contato partiu do procurador, que teria relatado ao chefe da PF que políticos investigados pediram à sua equipe para serem ouvidos na procuradoria da República e não na sede da PF. Ou seja, sem a presença de policiais.

Em resposta, Janot ouviu que a polícia estava cumprindo uma decisão do STF e que qualquer alteração deveria ocorrer mediante consulta do procurador à Corte.

Ocorre que ao averiguar por que razão os investigados não queriam mais depor para os delegados, a PF descobriu que era a PGR quem estava orientando os alvos, o que aprofundou a crise.

Coube ao ministro José Eduardo Cardozo, titular da Justiça, a quem a PF é subordinada, tentar buscar o consenso. Na quinta-feira, 16, à noite, Cardozo conversou com Janot e Daiello separadamente. Após esse telefonema, a PF desistiu de divulgar nota a respeito da crise.

Num outro ponto de desentendimento, a polícia teria pedido ao STF novas diligências a partir dos documentos analisados sem consultar previamente a procuradoria.

Para os policiais, o estresse quanto a isso foi causado porque a procuradoria quer limitar as investigações e não teria como justificar a negativa de um pedido para avançar no inquérito.

Já para os procuradores, a PF tomou a dianteira de forma indevida uma vez que o próprio ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, definiu na abertura dos inquéritos que o autor "incontestável" das investigações é o MPF.

Diante do impasse, a PGR encaminhou na terça-feira ao STF pedido para suspender depoimentos programados entre 15 e 17 de abril, o que só foi atendido por Zavascki na noite de anteontem.

O ministro do STF Marco Aurélio Mello criticou ontem a divergência entre os órgãos ao afirmar que "a verdade" a ser desvendada nas investigações fica prejudicada.

"O inquérito busca a verdade e é preciso que as instituições funcionem nas áreas reservadas pela lei. A Polícia Federal, o Ministério Público e, capitaneando, o STF. Não é uma coisa boa o desentendimento entre autoridades", disse.

Outro integrante da Corte, ouvido reservadamente, afirmou que o desentendimento atrasa as investigações, mas destacou que a divergência entre os dois órgãos é histórica.

A Associação Nacional dos Procuradores da República divulgou nota sobre a crise: "Os procuradores reiteram sua inteira confiança na Polícia Federal - notadamente em seu dever prioritário de cumprir mandados judiciais -, sem que entretanto isso signifique reconhecer pretensões a tarefas perante o Judiciário que não lhe competem, como já reconhecido, no caso, pelo próprio STF".

A Associação dos Delegados da PF também se manifestou em nota: "A ADPF repudia a tentativa do Ministério Público Federal de interferir nas apurações da Polícia Federal na operação Lava Jato, com o pedido de Janot ao Supremo Tribunal Federal para a suspensão de depoimentos de sete inquéritos que seriam tomados nesta semana".