quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Economia: Desemprego fecha Dezembro em 6,9% e atinge taxa para o mês desde 2017


O índice de desemprego medido pelo IBGE havia ficado em 7,5% em novembro

AGÊNCIA BRASIL
(FOTO: AGÊNCIA OGLOBO)

A taxa de desocupação no país fechou o mês dedezembro em 6,9%, a maior já registrada para um mês de dezembro desde 2007, quando o desemprego atingiu 7,4% da população economicamente ativa. A informação foi divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que está sendo divulgada pela última vez pelo IBGE, pois o indicador será substituído pela Pnad Contínua, que é mais abrangente e já vem sendo divulgada pelo instituto.

Com a variação de dezembro, a taxa média de desocupação de janeiro a dezembro foi estimada em 6,8% em 2015 e em 4,8% em 2014. Segundo o IBGE, a elevação de 2 pontos percentuais entre um ano e outro foi a maior de toda a série anual da pesquisa, e também interrompeu a trajetória de queda do desemprego que ocorria desde 2010.

O IBGE ressalta, porém, que no confronto com o início da série em 2003, quando a taxa foi 12,3%, houve queda de 5,5 pontos percentuais.

Média anual

Em 2015, a média anual da população desocupada foi estimada em 1,7 milhão, contingente 42,5% superior à média de 2014 (1,2 milhão de pessoas). “Além de ser o maior crescimento anual da série, a elevação em 2015 interrompeu a trajetória de redução dessa população, iniciada em 2010”, informa o IBGE. Contudo, em relação a 2003 (2,7 milhões), o contingente de desocupados caiu 35,5%. Nesse período, a redução foi de 940 mil desempregados.

A média anual da população ocupada em 2015 foi estimada em 23,3 milhões de pessoas, recuando 1,6% em relação a 2014, quando o contingente era de 23,7 milhões pessoas. Em 2014, essa população havia retraído pela primeira vez (-0,1%) em toda a série anual, acentuando a queda em 2015.

Giro do primeiro batalhão apresenta desempenho operacional do ano de 2015


Ao longo de 2015, os policiais apreenderam quase 50 quilos de drogas (Foto: Marcelo Sampaio)

O Comando do Primeiro Batalhão da Polícia Militar (1º BPM) realizou na quarta-feira, 27, uma reunião com os policiais militares do Grupo de Intervenção Rápida e Ostensiva (Giro), a fim de divulgar os resultados operacionais do ano passado.

Durante o ano de 2015, os militares realizaram a apreensão de 12 armas de fogo e 26 armas brancas. Os policiais apreenderam ainda oito veículos oriundos de furtos, 42 quilos de cocaína e quatro quilos de maconha, além de capturarem de 51 foragidos da justiça.

“O desempenho dos policiais é o reflexo do trabalho operacional e das ações preventivas realizadas nas ruas da capital. Vale frisar que o Giro é apenas um dos serviços disponíveis para a sociedade e continuaremos, sim, trabalhando ostensivamente para melhor servir e proteger”, disse o comandante do batalhão, tenente-coronel Atahualpa Ribera.

Índices baixos

A análise criminal, responsável pelo mapeamento das ocorrências de crimes, apontou uma redução nos índices de roubo e furto relativos ao ano de 2014.  Sendo 62 furtos e 26 roubos, ocorridos nos ano de 2014, e apenas 37 furtos e 16 roubos registrados no ano passado.

Arqueólogos encontram indícios de primeira guerra da Humanidade


CRÂNIO ESMAGADO É UMA DAS EVIDÊNCIAS DE MORTES VIOLENTAS NO GRUPO (FOTO: MARTA MIRAZÓN LAHR)

Um time de pesquisadores da Universidade de Cambridge acaba de divulgar um estudo sobre fósseis que encontraram em Nataruk, no Quênia. A busca levou os arqueólogos a encontrarem ossadas de homens, mulheres e crianças com sinais claros de violência física, sugerindo que a humanidade está em guerra há pelo menos dez mil anos. Até agora, este é o conflito humano mais antigo de que se tem notícia.

Apesar de triste, é uma descoberta importante, uma vez que cientistas ainda não têm certeza de quando as guerras começaram a surgir em nossa espécie.Teriam sido causadas por conta de algo profundo em nossa história evolutiva, ou um sintoma do senso de posse que surgiu com a evolução da agricultura?Ainda é um mistério. Nessa nova pesquisa, foram encontrados vinte e sete esqueletos parciais, vindos de uma tribo de caçadores que aparentemente foi brutalmente assassinada. Os corpos não foram enterrados.

Entre as lesões encontradas nos esqueletos, estão ossos quebrados, ferimentos causados por flechas na região do pescoço e outros traumas causados por uso da força . Também foram encontrados projéteis feitos de pedra na região do tórax e do crânio de dois homens, enquanto quatro esqueletos foram achados em posições que sugerem que suas mãos estiveram amarradas – incluindo uma mulher em estágio avançado de gravidez.
CORPOS ENCONTRADOS PERTENCIAM A UMA TRIBO DE CAÇADORES (FOTO: MARTA MIRAZÓN LAHR)

Para a pesquisadora líder do projeto, Marta Mirazón Lahr, o cenário sugere que houve morte intencional de um pequeno grupo de pessoas. "Essas evidências provam que guerras faziam parte do repertório de interações entre grupos pré-históricos". Pesquisas com radiocarbono que os esqueletos tem entre 9,5 mil e 10,5 mil anos. Nesse período histórico, Nataruk teria sido um território fértil, com árvores e uma lagoa, e provavelmente um local invejável para se viver – o que talvez tenha motivado a guerra. Também havia evidência de habitações, o que sugere que o povo de Nataruk estocava comida. "O massacre de Nataruk pode ser sido resultado de uma tentativa de roubar recursos: território, mulheres, crianças, comida armazenada, tudo isso tinha valor similar para as sociedades que se tornariam agricultoras. Ataques violentos eram parte da vida", explicou Mirazón.

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O que torna esse cenário diferente de outras descobertas de interações entre grupos de caçadores é, justamente, quão violentas foram essas interações.Normalmente, quando havia disputa por comida, apenas os homens eram assassinados; mulheres e crianças se tornavam "prêmio" do grupo vencedor. Em Nataruk, apenas alguns indivíduos parecem ter sobrevivido ao encontro violento – se é que houve alguém que escapou com vida.

Os pesquisadores ainda não encontraram muitas evidências de quem matou os Naratuk, mas foram encontradas duas flechas feitas de obsidiana, uma pedra vulcânica escura que não era usada até a Idade da Pedra nessa região. Isso sugere que os dois grupos que se confrontaram vinham de regiões diferentes.

Infelizmente, nunca saberemos o que realmente aconteceu no massacre de Nataruk. Mas não é a primeira vez que sinais de guerra foram descobertos na nossa história – em 2014, foi descoberto que chimpanzés também se organizam em ataques coordenados. "Não tenho dúvida de que a violência está na nossa biologia, por mais que pareçamos amorosos", comentou Robert Foley, co-autor do artigo publicado. "Muito do que entendemos sobre evolução humana sugere que há realmente dois lados dessa moeda", explicou.