Peemedebista critica “sectarismo” do PT e afirma que Planalto tem de fazer “orações” pela “estabilidade” dada pelo PMDB ao governo. “É saudável que o PT perca a próxima eleição”, diz prefeito do Rio
eduardopaes Em seu segundo mandato à frente da prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) critica o “sectarismo” do PT, diz ser “saudável” que o partido da presidenta Dilma Rousseff perca a próxima eleição presidencial e defende o lançamento de um peemedebista à sucessão presidencial em 2018. “Não tenho a menor dúvida de que será a hora de o PMDB lançar uma candidatura própria à Presidência da República. O partido precisa se posicionar, ter candidato. Acho até que, em 2018, quando o PMDB apresentar o seu, poderá fazer isso sem virar oposição. É saudável que o PT perca a próxima eleição”, declarou em entrevista à revista Veja.
Paes não descarta ser ele o candidato do partido à sucessão presidencial, diz ter suas ambições, mas afirma que seu foco no momento é a organização dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. “Hoje olho para os nomes do PT e não vejo ninguém melhor do que muitos de nossos quadros. Também a incapacidade para o diálogo do PT. É muito sectarismo”, criticou. O prefeito chamou de “antes despreparadas” petistas que defendem a regulamentação da mídia, proposta qualificada por ele como “besteira”.
Aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Paes diz que o governo errou ao não ter apoiado a candidatura do peemedebista e ter apostado suas fichas em Arlindo Chinaglia (PT-SP). Segundo ele, o PMDB tem sido “essencial” para garantir a estabilidade ao governo. “Não é um partido só de gente pura. Tem seus problemas e equívocos. Mas o governo deveria agradecer todos os dias e com muitas orações o papel que estamos exercendo”, declarou.
Briga de galo
Em outra crítica ao governo petista, Paes classificou como “fracasso” a organização da Copa do Mundo no Brasil. “A Copa não serve de exemplo pra nada. Foi um fracasso. Só serviu para reforçar velhos estereótipos, como o de um país que sabe fazer uma boa festa, cheio de gente bonita, mas que usa o dinheiro para deixar elefantes brancos na paisagem e entrega obras pelo triplo do valor acordado”, afirmou. Segundo ele, isso não acontecerá nos Jogos Olímpicos do Rio.
Em entrevista à revista Época, o peemedebista diz que o eventual sucesso da Olimpíada lançará naturalmente seu nome ao governo do Rio de Janeiro em 2018. Mas voltou a defender que seu partido assuma a Presidência da República para evitar “radicalismo” de petistas e tucanos.
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