sábado, 7 de março de 2015

Após Vazante, atingidos por cheia avaliam estragos e iniciam limpeza


'Vou jogar tudo fora, não tem como aproveitar nada', diz comerciante. Defesa Civil recomenda que famílias esperem Rio Acre baixar mais.

José Dairton tira a lama de dentro da casa da mãe com um rodo de limpeza (Foto: Aline Nascimento/G1)
José Dairton tira a lama de dentro da casa da mãe com um rodo de limpeza (Foto: Aline Nascimento/G1)
Moradores de locais atingidos pela cheia do Rio Acre, começaram o processo de limpeza dos imóveis, após o rio apresentar vazante. O manancial chegou ao nível de 18,40 metros, mas às 15h desta sexta-feira (6), registrou a marca de 17,92 metros. O nível ainda é considerado alto e a recomendação da Defesa Civil é que as famílias esperem o manancial ficar abaixo da cota de transbordo, que é de 14 metros, para voltar aos seus lares.
Quando a reportagem do G1 chegou ao Bairro Quinze, nesta sexta, o funcionário público José Dairton Pereira, de 35 anos, utilizava um rodo para retirar a lama da varanda e da calçada da casa de sua mãe, que mora sozinha, e precisou sair do local na última segunda-feira (2), quando a água começou a invadir o imóvel. Durante a cheia, Pereira diz que visitava o lugar para assegurar que nenhum pertence da mãe fosse furtado. Mãe e filho são moradores do bairro Quinze, no segundo distrito de Rio Branco.
"Minha mãe está na casa da minha irmã, em outro bairro. Moro na rua de trás, lá sempre alagou, mas aqui é a primeira vez. Ainda deu tempo de tirar 80% dos móveis, os outros, nós suspendemos, mas perdemos o guarda-roupa", diz. Pereira conta que os filhos vão fazer um mutirão de limpeza para tirar a sujeira deixada pela água do rio na casa da mãe.
Também morador do bairro Quinze, o comerciante Marcelo Aquino, de 49 anos, observa com tristeza a mercadoria perdida na enchente. Na madruga da última segunda-feira (2), a água do rio invadiu o depósito do comércio e a casa da família, que fica na parte de trás. Ele relata que nas enchentes passadas, a água chegava próximo da rua onde mora, mas nunca tinha alagado.
"A água nunca veio até aqui, foi muito rápido. Meu prejuízo é de mais ou menos R$ 100 a R$ 150 mil, vou jogar tudo fora, não tem como aproveitar nada", lamenta.

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