domingo, 29 de março de 2015

Porto Velho decreta estado de alerta por causa da cheia no Rio Madeira


A prefeitura de Porto Velho (RO) decretou estado de alerta por causa do excesso de água do Rio Madeira. Em alguns trechos, ele já está dois metros acima do nível registrado em janeiro do ano passado, quando o Acre e Rondônia sofreram a maior enchente da história.

A água já tomou os dois lados da rodovia federal que liga Rondônia ao Acre. A imagem é bem semelhante à de janeiro do ano passado.

No início de 2014 a cheia inundou a BR-364. Era só o começo da maior enchente já registrada na região do Rio Madeira. Durante mais de três meses o estado do Acre e parte de Rondônia ficaram completamente isolados.

Um dos trechos mais castigados por essa cheia fica no distrito de Nova Mutum. A água chegou a quase dois metros acima do nível da pista. Agora , o rio está a pouco mais de um metro para chegar na rodovia. Toda a vegetação às margens da estrada já está debaixo d’água.

No local, ainda é possível ver nas árvores e nas casas as marcas que o rio deixou. A situação mais complicada é no distrito de Abunã, a 240 quilômetros de Porto Velho, onde o Rio Madeira já está dois metros acima do nível registrado no fim de janeiro de 2014.

Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil está na região para tentar descobrir as causas das enchentes.

Eles usam equipamentos especiais para medir a velocidade e o volume de água do Rio Madeira. Os dados captados pelo sensor que fica debaixo d’água vão para um computador, onde são armazenados. Depois, os técnicos vão fazer um comparativo de hoje em relação aos últimos 15 anos.

No distrito de Abunã, dois bombeiros fotografam a régua que registra o nível do Rio Madeira três vezes por dia e enviam as imagens para a Defesa Civil do Acre. Para entrar na balsa, os veículos têm que usar uma rampa improvisada, porque o rio já encobriu dez metros do barranco.

Em vários bairros de Porto Velho, que também inundaram no ano passado, os moradores estão assustados. Esta semana, oito famílias já foram retiradas de suas casas pela Defesa Civil. 

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