O governador ponderou, contudo, que se o regime político do país fosse parlamentarista, e não presidencialista, o atual governo tinha caído, "porque perdeu a confiança".
Folha | em 03 de March de 2015 as 16h12
graldoalkimiO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avaliou nesta terçafeira (3) que o governo federal enfrenta uma crise tanto política como ética, mas considerou não haver razões neste momento para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
O tucano defendeu que é necessário aguardar o término das investigações feitas pela Operação Lava Jato´, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Para ele, até agora não houve provas de crime de responsabilidade da petista no escândalo.
O governador ponderou, contudo, que se o regime político do país fosse parlamentarista, e não presidencialista, o atual governo tinha caído, "porque perdeu a confiança".
"Em relação ao impeachment, não vejo neste momento razão para isso. Nós acabamos de sair de um processo eleitoral", disse. "Se o regime fosse parlamentarista, o governo já tinha caído, porque perdeu a confiança. No presidencialismo, um impeachment é extremamente traumático", acrescentou.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, o tucano observou que é difícil prever os desdobramentos do escândalo na Petrobras, mas considerou que o seu partido, o PSDB, não teme a lista de políticos com foro privilegiado que devem ser alvo de inquérito, que será entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo procuradorgeral da República, Rodrigo Janot.
"Nós temos uma crise grave econômica, extremamente difícil. Somada a ela, uma crise política, difícil de prever o desdobramento. E uma crise também de natureza ética, porque é inimaginável uma pessoa de quarto escalão, no primeiro aperto, dizer que devolve US$ 100 milhões. É uma situação difícil", afirmou, em referência ao exgerente da Petrobras Pedro Barusco, que concordou em devolver a quantia desviada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário