A implementação de políticas públicas que transformem a realidade econômica das populações tradicionais da Amazônia a partir dos recursos naturais da Região de forma sustentável, foi defendida pelo de deputado Raimundo Angelim (PT-AC) nesta terça-feira, 24, na Câmara dos Deputados.
Convidado pelo Comitê de Gestão Socioambiental da Câmara dos Deputados (Ecocâmara), o parlamentar do Acre participou do debate da mesa redonda: “Água, Sustentabilidade e Pensamento Sistêmico: a gestão além da crise”.
Durante sua intervenção, Angelim fez uma abordagem com base em dados recentes sobre a Amazônia e criticou as abordagens anteriores que sequer citaram a Amazônia, a maior bacia de água doce do mundo.
“Há muito tempo nossa região merece políticas públicas que mudem a realidade das nossas populações tradicionais. Nós, da Amazônia, não aguentamos mais que a nossa biodiversidade seja apenas objeto de estudo sem que algo de concreto aconteça de fato, sem que as nossas riquezas, da maior biodiversidade do planeta, sejam utilizadas de forma racional e revertidas em bem estar para quem nela vive”, asseverou.
Para ele, tanto quanto importante se falar em conservação é imprescindível que se leve em conta que a geração de emprego e renda passa por uma eficiente política ambiental na qual os paradigmas de que o meio ambiente é um limitador para o desenvolvimento sejam superados, pois estão, há muito tempo, ultrapassados e, em vez disso, os recursos naturais sejam fonte de uma economia sustentável.
Realizada por ocasião da passagem do “Dia Mundial da Água”, o evento teve como objetivos centrais discutir e despertar para a relevância de práticas que promovam a Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos.
“Para mim, o mais preocupante, nessa questão, diz respeito a governança das águas no nosso país. É preciso que os municípios estejam envolvidos nesse debate, que possam ser envolvidos na gestão de seus recursos naturais e, principalmente, que haja diálogo entre os vários setores, segmentos, órgãos e Ministérios, além de ser fundamental que os conhecimentos locais sejam respeitados para que as políticas a serem implementadas sejam integradas”, disse ele.
Participaram como palestrantes: o superintendente de políticas públicas da WWF Brasil, Jean-François Timmers; e o professor doutor Oscar Cordeiro, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília, além de outros parlamentares e representantes da sociedade civil organizada.
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