domingo, 29 de março de 2015

Dilma nem sempre age de forma eficaz, afirma Levy


LEVY MINISTRO   No final do mês passado, quando anunciava novas medidas de seu ajuste fiscal, ele usou expressões duras contra o programa lançado no primeiro mandato para desonerar a folha de pagamento. Na ocasião, ele disse a jornalistas que as medidas anteriores foram grosseiras, uma “brincadeira” que havia custado caro aos cofres brasileiros e que não tinha gerado resultado equivalente na proteção dos empregos. Dias depois, recebeu um puxão de orelha da presidente, que disse a jornalistas ter considerado infelizes as declarações do ministro.
 APRENDIZADOLEVY Na terça passada (24), o contexto da afirmação foram observações já reiteradas nos últimos meses por Levy sobre a condução da política econômica no primeiro mandato. Ele descreveu o governo como “ciente dos erros cometidos” e em consenso sobre a necessidade de mudanças. Citou um “processo de aprendizado” e disse que há vigilância para evitar novos equívocos. A pergunta da plateia que levou o ministro a mencionar a presidente abordou as mudanças em curso e a equipe do Fazenda. Em eventos recentes com empresários, o discurso do ministro em defesa do ajuste fiscal têm passado pelo que ele se refere como erros do passado. Em palestra a executivos de multinacionais há um mês, Levy chegou a dizer que o país deu uma “escorregadazinha” no campo fiscal, mas que a responsabilidade nas contas públicas foi retomada. O vocabulário usado por ele costuma carregar ironias, como em recente entrevista à Folha, quando defendeu as medidas adotadas fazendo comparação indireta com o regime que fez a presidente perder peso. No evento de terça, fez gargalhar a plateia ao se referir aos congressistas como “novos amigos”.

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