Tradicionalmente, o Bradesco, segundo maior banco privado do país, é o primeiro a reajustar suas taxas, quando o governo anuncia medidas à rede bancária. Não foi diferente desta vez.
A tarifa para crédito pessoal passou de 6,37% para 6,86%. Em uma das modalidades de crédito para empresas chamada “Conta Garantida”, a tarifa passou de 5,96% para 8,95%.
Quem pretendia comprar carro pelo banco, o sonho ficou mais distante. O “CDC Veículos” para pessoa física passou de 1,47% para 3,03% e para pessoa jurídica de 1,21% subiu para 3,32%.
O aumento das tarifas, segundo o economista Carlos Franco, é inevitável, e os bancos vão fazê-lo aos poucos para não assustar os clientes. “Essa medida visa fazer com que o governo arrecade mais a partir do aumento da tributação e também freie o consumo. O lado pior da situação é que acaba refletindo no encarecimento para o empresário do empréstimo e ele para de investir”, explica.
Nossa reportagem procurou os bancos públicos e privados para saber se novas tarifas começaram a vigorar. Todas as agências da Capital, fora o Bradesco, afirmaram que não houve mudança nas taxas ainda. Segundo alguns gerentes, a previsão é que o aumento chegue aos correntistas no mês de março apenas. Contudo, clientes afirmam que várias operações bancárias estão mais caras em outros bancos.
Para o correntista do Bradesco Adilson Moraes, mesmo com os reajustes, é possível negociar com o banco. “Sou cliente há 20 anos, não pago mais caro pelas taxas, negocio”, ensinou.
Assim como no consumo comercial, o conselho do economista tanto para pessoa física quanto jurídica, na hora de fazer contratar serviços bancários é a precaução. “É ter cautela na hora de tomar empréstimo, e só se endividar se for muito necessário”, aconselha.
O pacote de maldades, como está sendo conhecida a nova política econômica do governo, é encarado por muitas pessoas com sentimento de conformismo. “Não posso fazer nada. A quem vou recorrer? Se tivesse de fazer alguma coisa são nossas autoridades, mas elas são coniventes com isso”, opina o cliente bancário Gilberto Nunes.
Ironia ou não, nesta quinta-feira (29), na primeira fila dos balanços das instituições financeiras brasileiras, ficou o Bradesco. O lucro líquido do banco em 2014 foi de R$ 15,089 bilhões, valor 25,6% superior aos R$ 12 bilhões registrados em 2013.
Saiba Mais:
- Motociclista colide de frente com ônibus
- Ministro da pesca assina dois convênios
- Aníbal defende legado da Copa 2014 para o Acre
- Cades presta contas dos R$ 12 mil doados
- Desbarrancamento em Tarauacá coloca famílias em risco
- Mulher fica algemada em uma barra de ferro
- Justiça recebe denúncia sobre Quadrilha da CNH
- Acre desrespeita o Idoso
- Termina hoje o prazo para se inscrever no ProUni
- Flaviano visita ministro da Pesca
Nenhum comentário:
Postar um comentário